sexta-feira, 30 de julho de 2010

Sócrates e Sant'Anás

Sócrates e "Santanás"
São dois amigos cruéis.
Quando um diz: Zás Zás bas´trás,
O outro anda aos papéis..

São homens politiqueiros
Com vontade de sorrir
Enganam povos inteiros
E põem-nos a tinir.

E que dizer do Barroso
Que deixou logo o poleiro
Muito, muito esperançoso
Em ganhar muito dinheiro.

Vão-se anéis, fiquem os dedos
É ditado popular;
Com estes cruéis enredos
Parecem o Sal-azar.

O azar é do povinho
Que os colocou no poleiro
Ébrio de muito vinho
Já depois do Sá Carneiro.

Com todas as carneiradas
O mexilhão 'stá lixado
Já não aguenta as piadas
Por ter que comer fiado.

Agora já sem vintém
Aparece a crise grande
Não se sabe o que aí vem
Nem se há alguém que mande.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Partidos do Baú (1)

Os partidos do baú,
Dançam como um camafeu,
Ora agora, mandas tu,
Ora agora, mando eu.

Estou farto de promessas,
Quando não são p'ra cumprir,
Mas que palavras são essas,
Que só nos fazem sorrir?!

Mentiroso de ginjeira,
Sem saber como tu és,
Tapa-te a luz c'o a peneira,
Falso da cabeça aos pés:

Assim é mesmo um politico;
Que só se quer governar,
Imponente e megalítico,
Sempre, sempre a enganar.

Teu voto te vai pedir,
E só pensa em te lixar,
E se tu vais consentir,
D'ele não te vais livrar.

Assim tens que abrir os olhos,
Quando el' parece um cordeiro;
Falsas promessas aos molhos
P'ra sacar o teu dinheiro.

Depois de te ter lixado,
Não te deixes enganar,
Mas põe-no sempre de lado,
Quando então fores votar.

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Os partidos do baú,
Só pensam em neles mesmos.
Quando te tratam por tu.
P'ra fazer de ti torresmos.

Mas só tu és o culpado,
Por tod'esta situação,
Por teres neles votado,
Enganado p'la ilusão.

Agora que te lixaram,
Vais aprender a lição.
C'os problemas que criaram,
Nesta infeliz situação.

Não te esqueças do passado,
Com muita dor e aflição,
E te terem arrancado.
O amor do teu coração.

Sê bem firme e exigente,
Quando se estão a aumentar,
Pensam que tu não és gente,
Que tens que t'alimentar.

Aumentam seu ordenado,
Teus impostos mais e mais,
É este o teu triste fado,
Com todos os seus sinais.

Mas, depois de tanta dor,
De sofrimentos atrozes,
Brada com todo o furor:
São mais as vozes que as nozes..

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Os partidos do baú,
Não te deixam descansar.
Comem-te a carne e o peru,
E tu ficas a chorar.

Depois de terem sugado,
O sangue das tuas veias,
Vão-te dar um rebuçado,
E tu cais nas suas teias.

No dia em que vais votar,
Aumentam-te o ordenado,
Mas depois vão-te lixar,
Só por teres confiado.

Eles se vão desculpar,
E qu'as coisas vão mudar,
Pois primeiro é só votar,
E depois é só mamar.

Quando eles 'stão no poleiro,
Nem sequer pensam em nós,
Mas com falas de cordeiro,
Deixam-nos desgraça atroz.

Políticos são assim:
Profissão de mercenários;
Deixam-nos o qu'é ruim,
Comem os nossos salários.
.
Políticos e animais,
Só querem teu ordenado,
Fogem de ti quais pardais,
Ao ficares depenado..

Políticos

Políticos são frieiras:
Que só te querem lixar.
Eles fazem as asneiras.
Tu é que tens que pagar.

Só pensam na sua barriga,
E como te vão tramar.
Ouvi, homens de uma figa,
Não vos deixeis enganar.

Dizem que estamos em crise,
Mas não dizem a razão:
É devido ao seu deslize,
E tu vais ficar sem pão.

São eles que comem tudo,
Porque não nos deixam nada.
Vês Braga por um canudo,
Mas isto não tem piada.

Quando tu vais ao mercado,
Pensa bem, é coisa séria,
Vê bem, que está tudo errado:
Tu vais ficar na miséria.

Só falam de economia;
Só sabem desperdiçar;
Isto é uma porcaria,
Apenas p'ra enganar.

Há um culpado! Quem é?! ...
O teu voto, sem saber.
Porque agora o pobre Zé.
Já não tem o que comer.

Justiça

A justiça é uma bola,
Redonda como um tamanco,
Não se aprende na escola,
E nem se guarda num banco.

Mas há leis e muitas leis,
Muitas delas p'ra fingir,
As sentenças são cruéis,
E tu só tens que engolir.

Na rua sem protecção,
´Tás sempre desconfiado,
E podes ir p'ra prisão,
Por teres sido roubado.

Dizem que é para o teu bem,
Mas só te querem multar.
Mas quando o perigo vem,
Eles vão-te desprezar.

Se viveres não te educam,
Nem se importam do teu lar.
Já morto se preocupam
Por o teu corpo encontrar

Ensino

O ensino vai muito mal,
Em tradições e cultura,
Em terras de Portugal,
Parece jã não ter cura.

Fala-se de educação,
Quando ela não existe.
Nesta pobre situação,
De desleixo, muito triste.

E batem nos professores,
Sem haver qualquer respeito.
Vejam bem, ó meus senhores,
O que é que se tem feito.

Os alunos mal criados,
Só sabem fazer asneira,
Jovens muito mal amados,
A crescer à nossa beira.

Há muita libertinagem.
Na juventude de agora.
Mas que triste personagem,
Por todo este mundo fora.

Novas oportunidades,
Inventadas p'ra fingir,
Gente de todas idades,
É o que temos qu'engolir.

Tapar o sol c'o a peneira,
É o qu'eles sabem fazer,
E de asneira em asneira,
Deitam tudo a perder.

São João

São João, ó São João,
Não sei onde é o teu lar,
Se no céu, se na ilusão,
Dos que querem acreditar.

O povo só quer folia,
E suas mágoas abafar,
Dançando de noite e dia,
Sempre, sempre sem cessar.

Come-se muita sardinha
Assada numa fogueira,
E se for bem regadinha,
Dança-se a noite inteira.

Eles te chamam de João,
Sem saberem quem tu és.
Têm-te no coração,
Na cabeça e nos pés.

Uns te chamam de Baptista!
Discípulo d'amizade?!
Não procuram uma pista,
P'ra saberem a verdade.